Mais sonhos

O regresso dos Faith No More está a dar origem a alguma da mais rica produção onírica dos meus últimos anos.

Antes de o concerto na Zambujeira ser anunciado, sonhei que conhecia o Mike Patton e que ele só tinha uma perna; que via no site oficial que o concerto em Portugal era «na Disney» (Disney, Sudoeste - não errei por muito); que o concerto era afinal numa sala fechada, tipo pequeno coliseu, mas cujo chão - de terra! - estava coberto de embalagens de gelado Magnum e ervas daninhas.

Hoje, ou seja, já em modo conhecedor da data portuguesa, sonhei que os via numa sala semelhante ao Cinema São Jorge, em Lisboa. Eu chegava tarde, não sei por que carga de água, mas conseguia com alguma facilidade - e gula - chegar lá à frente; ou, pelo menos, o mais à frente que conseguia, pois a primeira plateia era, imagine-se, de lugares sentados.

Ao longe o Mike Patton estava muito bem, mas de perto revelava ser um senhor de cabelo ruivo aos caracolinhos e com dentes saídos. Uma das espectadoras entabulava conversa com ele sobre o Benfica e havia grandes pausas entre as músicas. Cheguei à terceira - uma versão pára-arranca da «Midnight Cowboy» - e acordei.